Breve biografia de Farias Brito: vida e obra

  • Jon Brodsky
  • 18 fev 2025

A trajetória de Farias Brito, o filósofo cearense mestiço, é uma epopeia escrita nas linhas tortuosas do destino, um grito de luta que ecoa através dos séculos. Nascido em 24 de julho de 1862, em São Benedito, um rincão perdido no Ceará, o jovem Farias Brito brotou da terra árida de um Nordeste dilacerado, e sua infância, modesta e marcada pela escassez, foi um campo fecundo para uma curiosidade insaciável e um desejo profundo de conhecimento. Em meio a tanto sofrimento, o pequeno espírito inquieto de Farias já ansiava por algo além das limitações impostas pela dura realidade.

Seu pai, um simples vendedor de frutas e verduras, e sua mãe, com as mãos calejadas pelo trabalho incessante de lavar roupas para fora, eram heróis silenciosos, que, em sua luta diuturna, garantiam a educação do filho como um bem inestimável. Quando a família se transferiu para Sobral, uma cidade maior, Farias Brito teve a oportunidade de respirar novos ares. Nas ruas e escolas de Sobral, o jovem cultivou a semente da reflexão, e ali, em meio ao vaivém da vida cotidiana, forjou um espírito crítico que seria sua bússola até o fim de seus dias. Mais tarde, em Fortaleza, a capital cearense, ele completou o ensino secundário e foi, então, lançado aos braços do destino: aos 19 anos, em 1881, ingressou na prestigiosa Faculdade de Direito do Recife. O Recife, com seu peso histórico e intelectual, era um universo de desafios para o jovem oriundo da luta e da escassez.

Os ventos da dificuldade financeira, que assopravam sua vida, não eram leves. Seu pai, agora porteiro, e sua mãe, novamente lavadeira, se entregavam ao fardo do sustento. Farias Brito, em sua alma jovem, sentia o peso dessas origens humildes, mas também a responsabilidade imensa de honrar os sacrifícios feitos por sua família. E foi nesse cenário, na crua realidade da vida cotidiana, que o jovem filósofo encontrou a figura que o marcaria para sempre: Tobias Barreto. Tobias, o mestre das mentes e das almas, o homem que não apenas transmitia o saber, mas incendiava os corações com sua paixão ardente pela filosofia e pela justiça. Ao cruzar o caminho de Farias Brito, em 1882, no momento em que Tobias assumia sua cadeira na Faculdade, o impacto foi imediato e avassalador.

Era como se o jovem Farias tivesse sido iluminado por um raio de compreensão, como se o universo de possibilidades intelectuais se abrisse diante de seus olhos, em um fulgor indescritível. Tobias, o filósofo mestiço, nordestino, como Farias, mostrou-lhe que o caminho do pensamento profundo e da transformação da sociedade estava ao alcance daqueles que, como ele, se atiravam nas duras trilhas do saber. Na figura imponente de Tobias Barreto, com sua toga que parecia absorver a luz do saber, Farias Brito viu não apenas um mestre, mas o espelho de seu próprio destino. O filósofo cearense, com sua ousadia, fez despertar em Farias Brito a convicção de que a filosofia não era uma mera abstração intelectual, mas uma força transformadora capaz de combater as injustiças do mundo e de iluminar as trevas da sociedade. As lições de Tobias reverberaram profundamente em sua alma, ensinando-lhe que o pensamento, a filosofia, eram a chave para entender o mundo e, mais do que isso, para desafiar as injustiças que o envenenavam. Apesar das dificuldades financeiras que assombravam sua trajetória, Farias Brito não se deixou abater.

Aos 22 anos, em 1884, com a convicção indomável de que a luta não se travava apenas nos tribunais, mas nas ideias que movem o mundo, ele se formou bacharel. Seu primeiro cargo como promotor, em Viçosa, no Ceará, foi o palco de sua primeira grande batalha. Um jovem impetuoso, com os ventos da justiça e da retidão soprando forte em seu peito, Farias Brito enfrentou a corrupção com coragem. No seu primeiro júri, deparou-se com o jogo sujo de um juiz que tentava manipular o resultado em favor de um poderoso réu. Mas o espírito inquebrantável de Farias Brito não se curvou. Ele lutou com cada fibra de seu ser, com o ardor de um guerreiro, pela justiça que transcendia as leis e alcançava o coração do povo.

A vida de Farias Brito, com seus meandros de dor, reflexão e resiliência, não se limitava às leis, como um rio que transborda seus limites e refaz seu caminho. Seu espírito, vibrante e inquieto, pulsava com a filosofia, a ciência da alma, e foi nesse vasto campo de ideias que ele se imortalizaria. A influência de seu mestre, Tobias Barreto, não se limitou a orientá-lo; ela acendeu em Farias Brito uma chama que jamais se apagaria. Ele começava a publicar suas primeiras obras filosóficas e jurídicas, enfrentando os ventos turbulentos da agitação política do fim do Império e o alvorecer da República. Nessa tempestade histórica, Farias Brito, que ousava sonhar com um futuro como advogado, professor e pensador, logo percebeu que seu verdadeiro campo de batalha não estava nos tribunais, mas na mente humana, no terreno da filosofia, onde as grandes questões da existência aguardavam respostas que ele, com sua alma incansável, buscava desvendar. A partir desse momento, a trajetória filosófica de Farias Brito tomou forma, e ele, com uma mente brilhante, mas forjada nas labutas e nas perdas, se destacaria como um dos maiores pensadores brasileiros.

Seu legado seria uma obra monumental de reflexão profunda sobre a natureza da existência, da moral humana e do cosmos. Como um nordestino forjado na luta, com o espírito inquebrantável de quem já conhecera a dor, ele trilhou um caminho de superação, justiça e sabedoria. As palavras de seu mestre Tobias Barreto ecoavam eternamente em seu coração, como um farol a guiá-lo em sua incessante busca por um saber que transcendesse a mera razão. Mas a jornada de Farias Brito não foi uma linha reta, e sim um labirinto de tragédias pessoais e dilemas existenciais. Nascido em uma cidadezinha do Ceará, ele carregava consigo o peso de sua origem humilde, o estigma da mestiçagem e a luta constante por reconhecimento em um Brasil que frequentemente relegava os intelectuais nordestinos ao esquecimento. Mesmo após sua formatura em Direito, Farias Brito descobriu, com amargura e desencanto, que a advocacia não preenchia o vazio de sua alma. Ele a via, com um olhar ferido e crítico, como “a arte de legalizar a fraude”.

Essa percepção o consumia, pois nos tribunais ele não via justiça, mas uma máscara que encobria a corrupção, uma lei que, em vez de proteger, se tornava cúmplice das mazelas humanas. A advocacia, que deveria ser a dignidade da palavra, em suas mãos se tornava uma ferramenta de injustiça e de desilusão. Entre a amargura da profissão e a dor das perdas pessoais, Farias Brito conheceu o peso do sofrimento, e sua vida pessoal não foi menos dramática. Aos 31 anos, casou-se, mas o destino, cruel e implacável, trouxe-lhe a dor de perder, em um curto espaço de tempo, seu primeiro filho, ainda bebê, com apenas 10 meses de vida. Farias Brito, com uma dor que atravessava os ossos e a alma, registrou em cartas e diários a última memória de seu filho: “papai” e “mamãe” haviam sido as últimas palavras ditas por ele, no dia de sua morte. O luto, imenso e arrasador, não teve tempo de se aquietar, pois, aos 35 anos, ele viu sua esposa definhar, consumida pela tuberculose.

Nos últimos momentos de sua vida, ela morreu em seus braços, e, com um suspiro final, pediu-lhe que cuidasse da filha que deixava para trás. Farias Brito, agora viúvo, carregava a dor de ter perdido um filho, sua esposa, e agora a responsabilidade de criar sozinho sua filha. A tragédia, que parecia não dar trégua, desmantelava seus alicerces, mas, ao mesmo tempo, forjava em sua alma a chama de um pensamento cada vez mais profundo, mais filosófico. Foi nesse abismo de dor e perda que Farias Brito, de maneira quase sobrenatural, encontrou sua força. Durante esse período de luto profundo e vazio pessoal, ele se lançou em suas primeiras grandes obras filosóficas, buscando respostas para as inquietações da existência. O volume inaugural de sua série “Finalidade do Mundo” surgiu em 1895, um marco de sua jornada filosófica.

Os outros dois volumes, em 1899 e 1905, seguiam como testemunhos de sua luta incessante contra as tragédias que marcaram sua vida. Essas obras não eram apenas uma busca pela verdade, mas uma tentativa de transcender as perdas que o devastavam, com a coragem de um homem que, mesmo diante do abismo da dor, continuava a caminhar, a questionar, a pensar. Farias Brito, imortalizado por sua filosofia, não foi apenas um pensador; foi um homem que soube, na tragédia, criar e recriar o mundo. A filosofia, para Farias Brito, não se limitava a um mero exercício de abstração; ela se tornava uma âncora vital, uma ferramenta de combate contra os flagelos implacáveis do sofrimento, do luto e das injustiças imprevistas do mundo. Mas, mesmo com toda a grandiosidade de seu pensamento, ele seguia sendo um homem marginalizado, jogado às sombras pela indiferença de seus pares. Seus contemporâneos intelectuais o viam com uma espécie de curiosidade cínica, reconhecendo nele uma chama de inteligência, mas sempre de longe, como quem observa um exótico ser à parte.

Um mestiço nordestino, que ousava sonhar e se afirmar entre os gigantes da filosofia, mas sempre como um “estranho no ninho”. Essa distância amarga, esse olhar de condescendência, corroía sua alma, pois ele sabia, de forma cruelmente nítida, que não era tratado como igual, mas como uma exceção, uma anomalia. Um espírito inquieto, mas preso a um paternalismo que mais humilhava do que abraçava. Farias Brito vivia à margem da miséria, lutando com unhas e dentes para sustentar sua família. A escassez de livros, de mestres com quem pudesse dialogar e, até mesmo, de uma existência digna o acompanhava, como uma sombra inseparável. Cada passo dado em direção ao saber se tornava mais difícil, como se o universo lhe negasse, constantemente, os meios para dar expressão à sua genialidade. A dor dessa escassez, dessa luta constante, era o fardo que ele carregava com uma dignidade sofrida. Farias Brito estava entre aqueles intelectuais nordestinos esquecidos, à mercê de um Brasil que marginalizava seus filhos mais humildes e distantes do centro do poder.

Ele conhecia a dureza dessa realidade, e, mesmo após anos de luta, nada parecia se abrir diante dele como uma possibilidade de alívio. Aos 38 anos, um vislumbre de felicidade lhe surgiu na forma de um novo casamento. Com a bênção de seu pai, ele formou uma nova família e, com ela, o sorriso de cinco filhas. Mas, como se fosse uma ironia cruel, a miséria não o deixou em paz. O fantasma das dificuldades materiais e emocionais continuava a rondar seus passos, não se afastando um só momento. E, então, um sonho se ergueu diante dele, como um farol de esperança: a possibilidade de viajar para a Europa. Farias Brito, com um coração palpitante de expectativas intelectuais, estava prestes a embarcar em um navio rumo a novas terras, onde poderia expandir seus horizontes, conhecer outras culturas, respirar o ar de mentes mais abertas. Porém, como tantos outros sonhos frustrados em sua vida, este também foi desfeito. Seu sogro, preocupado com as dificuldades de deixar a família desamparada, desistiu da viagem.

O destino, mais uma vez, roubou-lhe o futuro, negando-lhe o que parecia ser uma chance de redenção. Mas Farias Brito, imbatível em sua luta contra os ventos da adversidade, não se entregou. Não se deixou vencer pelas perdas; ao contrário, soube transformar a dor que o atravessava em combustível para sua grande obra filosófica. Em sua busca implacável por respostas, ele encontrou força nas próprias feridas da existência humana. Sua filosofia se erguia como uma torre de resistência, um reflexo do sofrimento transformado em sabedoria. O homem que a vida quis esmagar, que a tragédia pessoal tentou silenciar, encontrou na dor uma razão para seguir em frente. Seus contemporâneos, mesmo que não o compreendessem totalmente, ainda assim não podiam deixar de perceber a magnitude de sua obra. Farias Brito deixou, assim, um legado que, embora subestimado em sua época, se elevaria, com o tempo, como um marco inescapável da filosofia brasileira. Aos 46 anos, em 1909, ele seguiu seu destino com coragem imensurável. Decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro, determinado a conquistar a cadeira de lógica no Colégio Pedro II.

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Jon Brodsky

Jon Brodsky (Jonas Peres Loureiro). Nasceu em São Paulo, mas viveu no sul de Minas Gerais. Estudante de Medicina, deixou a faculdade para empreender no ramo de franquias nos 1990. Porém, nunca deixou sua atividade de escritor, sempre escrevendo e se aprofundando nos estudos de filosofia, frequentando seminários, lendo livros e se especializando. Foi professor da escola dominical e de estudos bíblicos. Todos os seus livros são embasados atualmente na filosofia de pensadores como Eric Voegelin,  Xavier Zubiri, Louis Lavelle, Kierkegaard, Eric Weil, Platão, Herman Dooyeweerd (Filosofia da Ideia Cosmonômica), Victor Frankl, João Calvino, Aristóteles, Ortega y Gasset, Edmund Burke, Nietzsche, Spinoza, Schopenhauer, David Hume, Kant, entre outros.

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